segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Um Missionário Itinerante – 2

"Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar." 1 Coríntios 1:17, ARC

Como colportor e professor itinerante, Domingos Costa não foi enviado para batizar, mas ajudou a fundar grupos de crentes em vários lugares do estado de Goiás. Escreveu o Pastor A. N. Allen: “Deus está continuamente ajuntando outros ao número de crentes nesse campo [...] O irmão Domingos Costa, o único a colportar em Goiás, já por três anos tem vendido nossa literatura com bom êxito. Precisamos de mais homens fiéis como este.”

A Revista Adventista, de julho de 1931, informa que, nesse ano, Domingos Costa colportou em Rio Verde, Sudoeste do Estado. E nessa ocasião ele declarou : “Em meu trabalho da colportagem tenho observado como o povo está sedento pela verdade [...] Tenho grande sentimento em não poder permanecer por mais algum tempo com estas pessoas.” Conversando com o pastor Dimas Artiaga, que é neto de Domingos Costa, ele me informou que, quando foi presidente da Associação Brasil Central, encontrou ali crentes naquelas regiões cujos ancestrais conheceram o evangelho por intermédio de seu avô.

Em 1946, o irmão Domingos Costa foi convidado pela sede da Missão para trabalhar como obreiro assalariado na cidade de Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro. Em 1948, voltou para o Riachão, GO. Num congresso realizado ali, o pregador perguntou ao público, quantos dos presentes conheceram a mensagem através de Domingos Costa. Centenas de pessoas levantaram a mão.

Conheci o irmão Domingues, e a sua esposa, irmã Guilhermina de Souza Costa, no ano de 1963, numa reunião na Fazenda Riachão. Fotografei-o em frente ao antigo templo da fazenda, onde, no último sábado de dezembro de 1931, foi organizada a primeira igreja adventista no estado de Goiás, ocasião em que ele foi eleito ancião dessa igreja pelo pastor A. N. Allen.

Domingos Costa faleceu em 1970 e está sepultado no cemitério dos pioneiros, na Fazenda Riachão. Esta é a história resumida de um missionário itinerante, quase anônimo, que não era perfeito, mas que, na sua humildade, realizou uma grande obra para Deus em Goiás. Nunca nos esqueçamos de que, antes de nós, outros prepararam o caminho para que pudéssemos passar por ele com mais facilidade; que o dia de hoje é uma projeção do dia de ontem, e que os chamados na primeira hora do dia como os chamados na hora undécima receberão o mesmo galardão.

REFLEXÃO: “Faze o trabalho de um evangelista, cumpre... o teu ministério” (2Tm 4:5).

domingo, 3 de agosto de 2008

Um Missionário Itinerante – 1

"Após si, deixa uma vereda luminosa." Jó 41:32, TB

A passagem acima e as seguintes falam do crocodilo, da sua força e poder. “Na terra, não tem ele igual, pois foi feito para nunca ter medo” (Jó 41:33). Nessas declarações, vejo uma ilustração apropriada dos pioneiros que foram preparados para não ter medo e que, por onde passaram, deixaram após si um caminho iluminado pelo evangelho que pregaram.

Assim foi com Domingos Costa, um jovem que, em 1915, saiu de Alagoinhas, Bahia, rumo ao antigo Colégio Adventista Brasileiro, onde foi batizado segundo informações de seu filho, o pastor Emerson de Souza Costa.

Estudou até o terceiro ano de Teologia, deixando o CAB para ser colportor e professor itinerante, ocasião em que chegou à fazenda do senhor Oliveira, no município de Extrema, MG, próximo da divisa com o estado de S. Paulo. Ali lecionou para as crianças da fazenda. A família toda aceitou a Cristo. Daquela fazenda, saiu para o Colégio, o rapazinho Geraldo Gomes de Oliveira, que se tornou um poderoso evangelista da Igreja Adventista, conhecido como o pastor GG.

Em 1925, Domingos Costa foi para Niquelândia, GO, depois para Uruaçu e Fazenda Riachão, onde se casou com Guilhermina, em 1931. No Riachão, GO, levou para Jesus muitas famílias tradicionais que se tornaram baluartes do evangelho na região Norte do Estado.

Entre 1937 a 1939, Domingos Costa esteve na Fazenda Palmital, no município de Jaraguá, a convite do irmão Otávio Alves da Costa, recém-batizado pelo pastor A. N. Allen. Domingos Costa lecionou para os filhos mais velhos da família Alves da Costa. Como não havia escola na região, os moradores da localidade mandavam seus filhos para estudar na escola adventista da Fazenda Palmital.

O irmão Otávio Costa, dono da fazenda, construiu um galpão que, durante a semana, servia de escola e aos sábados, de igreja. Como resultado do trabalho e do testemunho do irmão Domingos Costa, mais de uma centena de pessoas foram alcançadas para Cristo naquela região. E assim, por onde passava, ele deixava após si um caminho iluminado pela luz do evangelho. Muitos foram convertidos e grupos de crentes foram estabelecidos entre os moradores do sertão.

REFLEXÃO: “Para os que foram chamados [...] pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Co 1:24).

sábado, 2 de agosto de 2008

Conosco em Qualquer Emergência

"Bendito seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso fardo!" Salmo 68:19

O Espírito Santo é Deus conosco, dia a dia, levando nosso fardo em muitas ocasiões. Às vezes, temos tantas coisas a fazer que chegamos a desejar que alguém nos ajude a tomar as decisões mais acertadas. Então, por que não pensar no Espírito Santo como sendo essa Pessoa? Atente para a experiência a seguir que desejo partilhar com você.

Quando eu morava em Curitiba, fui encarregado de buscar no aeroporto um dos líderes da Igreja Adventista para a América do Sul, que deveria chegar num determinado horário. Isso ocorreu num domingo.

Como havia bastante tempo, resolvi fazer uma limpeza no distribuidor do carro. Ao terminar e tentar colocar a tampa do distribuidor no lugar, que era presa por três presilhas sob pressão, quem disse que conseguia? A força dos dedos não era suficiente para fazê-las encaixar. Tentei, tentei, e nada. Eu já estava preocupado.

Quando não havia mais nada a fazer, veio-me ao pensamento: “Por que não fazer uma oração pedindo ajuda ao Espírito Santo?” Assim como estava, ao lado do carro com o capô aberto e as mãos sujas de graxa, orei mais ou menos assim: “Senhor, ajuda-me! Eu não sei mais o que fazer... Que o Teu Santo Espírito me ajude a resolver esse problema. Amém!”

Terminada a oração, uma “voz” silenciosa sussurrou no meu subconsciente: “Pegue um alicate e force a presilha para diminuir a sua curvatura e espichar o seu cumprimento, que tudo vai dar certo.” Agradeci a Deus, e fiz conforme a orientação recebida. O problema foi resolvido em poucos minutos e pude chegar em tempo ao aeroporto.

Alguém poderá dizer: “Foi coincidência.” Se foi, ela foi providenciada pelo Espírito de Deus. Disso não tenho dúvida. “Em todos os tempo e lugares, em todas as dores e aflições, quando a perspectiva se afigura sombria e cheio de perplexidade o futuro, e nos sentimos desamparados e sós, o Consolador será enviado em resposta à oração da fé. As circunstâncias podem-nos separar de todos os amigos terrestres; nenhuma, porém, nem mesmo a distância, nos pode separar do celeste Consolador. Onde quer que estejamos, aonde quer que vamos, Ele Se encontra sempre à nossa direita, para apoiar, suster, erguer e animar” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 669, 670).

REFLEXÃO: “Vocês, queridos amigos, devem [...] aprender a orar no poder e na força do Espírito Santo” (Jd 20, BV).

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O Espírito Santo nos Protege

Sei que isto me resultará em salvação [...] pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo. Filipenses 1:19, Trinitariana

A palavra Consolador origina-se do termo grego Parakletos, que pode ser interpretado como “Alguém com quem se pode contar em qualquer emergência”.
Não se trata apenas de assistência espiritual, mas de Alguém que está pronto para nos proteger até em situações de perigo. Veja a história a seguir, e tire suas conclusões.

Era uma noite de conferências evangelísticas, numa das igrejas da região metropolitana de Porto Alegre, RS. O pastor Jorge Anacleto estava ultimando os preparativos para a reunião, quando um jovem da igreja o procurou pedindo que o ajudasse a encontrar uma farmácia aberta, pois necessitava de um medicamento para uma emergência.

Ambos entraram no carro, o pastor ligou o motor, quando dois indivíduos suspeitos se colocaram ao lado do veículo. Um deles perguntou:

– Aonde o senhor vai, “tio”?

– Para o Centro – respondeu o pastor, um tanto assustado.

– Serve. – E dizendo isso, os dois foram abrindo as portas traseiras e entrando. Então, surgiu um terceiro, e esse estava armado.

O pastor fez, em segundos, uma oração mental, dizendo mais ou menos assim: “Senhor, se realmente Tu me chamaste para o ministério, salva-me desta situação; Tu podes, Senhor, eu confio, desde que isso seja para confirmar o meu chamado e o meu ministério para o resto de minha vida. Amém!”

Tudo foi muito rápido, pois, logo em seguida, ouviu como que um sussurro no seu subconsciente, que lhe dizia:

– Desligue o carro – ele desligou. E a voz continuou:

– Abra a porta – ele abriu.

– Agora saia. – Ele saiu e se colocou em pé, ao lado do carro.

O chefe daqueles bandidos, aquele que o interpelou no início, perguntou:

– O senhor não vai nos levar?

– Não – respondeu o pastor. E aí vem o desfecho. Aquele indivíduo com maneiras bruscas saiu do carro e disse para os comparsas: “Já que este infeliz não quer nos levar, vamos embora depressa.” E se foram.

No dia seguinte, o pastor reconheceu a fotografia deles estampada no jornal. Um deles havia sido morto pela polícia.

Necessitamos transformar em realidade a prática de conviver com o Espírito Santo e obedecer-Lhe no dia-a-dia. Somente assim, estaremos preparados para reconhecer Sua voz e atender às Suas orientações.

REFLEXÃO: “Guie-me o Teu bom Espírito por terreno plano [...] pois eu sou Teu servo” (Sl 143:10, 12).